Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, mostram que o setor de serviços e a administração pública foram os principais responsáveis pela criação de quase 1,5 milhão de vagas formais de trabalho, em 2013. Foi um crescimento de 3,14% ante o ano imediatamente anterior.
Apesar dos números positivos, o resultado do ano passado foi o segundo mais fraco em dez anos, superando apenas 2012, que acumulou 1,15 milhão de postos de trabalho. A geração de vagas formais inclui as pessoas contratadas pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e os servidores públicos estatutários.
O desempenho mostra que o governo precisa criar um clima de otimismo no Brasil de modo a levar os empresários a investir na produção e no aumento do parque fabril. Precisa investir no desenvolvimento com valorização do trabalho. Só assim será possível criar empregos na quantidade, qualidade e intensidade que o País necessita.
Os dados mostram outra coisa preocupante: a indústria de transformação, com 144,4 mil empregos formais, e a construção civil, com 60,0 mil empregos com carteira assinada, geraram poucas vagas. A indústria de transformação é a que cria os melhores empregos do País, tanto em quantidade como em qualidade.
Agora, estão perdendo para o setor de serviços, que gerou 558,6 mil empregos; o comércio com geração de 284,9 mil empregos; e a administração pública, com 403 mil empregos criados. Precisamos exigir dos candidatos a presidente que se comprometam com as nossas propostas de crescimento econômico com a valorização do trabalho.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical