O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil de São Paulo e deputado estadual, Antonio de Sousa Ramalho, afirmou que recebeu ontem uma denúncia de que, antes do acidente no Itaquerão, um funcionário fez um alerta sobre riscos de acidente com o guindaste. Segundo a denúncia, apesar do alerta ter sido feito por volta das 8h, as obras continuaram normalmente. Às 12h54, uma peça da cobertura que estava sendo instalada desabou de um guindaste e matou dois trabalhadores.
“Recebemos uma denúncia de um técnico de segurança do trabalho dizendo que havia alertado às 8h que aquela base de sustentação não era suficiente para o guindaste”, disse Ramalho.
De acordo com a denúncia, um engenheiro de segurança do trabalho viu um desnível no terreno, só que um engenheiro civil teria afirmado que era para prosseguir a obra. Ele disse que o autor da denúncia, que está documentada, deve ser ouvido pela polícia. O presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho, Armando Henrique, afirmou que também recebeu uma denúncia de um técnico de segurança que havia evidência de que a estrutura não era segura. E que isso está sendo averiguado.
Procurada, a Odebrecht ainda não se manifestou sobre as denúncias.
Fonte: UOL