300 delegados sindicais de 100 países estão reunidos esta semana em Dakar (Senegal) para analisar o que significou para as mulheres o impacto da crise mundial no emprego, encontrar maneiras de organizar um número maior de mulheres e especificar as ações que sindicatos internacionais podem tomar para melhorar a segurança do emprego das mulheres, os seus salários e condições de trabalho, enquanto a economia mundial ainda é muito instável.
A 2 ª Conferência Mundial das Mulheres, realizada pela Confederação Sindical Internacional, CSI, irá examinar a ação sindical para melhorar as condições de trabalho e segurança no emprego para as mulheres. A Conferência também vai se concentrar em promover a liderança das mulheres na campanha “Conte Conosco!”, aconselhamento e programas de apoio a mulheres mais jovens.
Para Nair Goulart, Presidente Adjunta da CSI e Presidente da Força Sindical Bahia, o reforço do quadro propício a participação das mulheres nos postos de trabalho continua a esbarrar em obstáculos institucionais, como a ausência de mecanismos de controle da inclusão das mulheres, reforçando a persistente sub-representação.
Crise
As mulheres são as que têm sido mais afetados pela crise como os seus níveis de renda e emprego incessantemente a diminuir. A Pesquisa Global ( 2013) da CSI mostra que 65 % das mulheres têm uma opinião negativa sobre a situação econômica do seu país . “A Assembleia sobre a sindicalização das mulheres é um marco estratégico na luta crucial para recuperar nossa democracia, nossas comunidades, a dignidade do trabalho e nossos direitos como mulheres e como trabalhadoras “, disse Sharan Burrow , secretária-geral da CSI . “Precisamos fortalecer o poder dos trabalhadores. As mulheres fazem parte desta luta. O mundo deve contar com a gente!”, finalizou Sharan.
“O Senegal está empenhado em acelerar o processo de ratificação das convenções 183 e 189 sobre a proteção da maternidade e trabalhadores domésticos”, disse Aminata Touré, primeiro-ministro do Senegal.
Fonte: CSI e Ascom Força Sindical Bahia