Nestes quatro primeiros meses de 2013, os trabalhadores da Construção Pesada se mobilizaram e arrancaram acordos com ganhos salariais significativos. As lutas mais importantes foram do Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Mato Grosso e em Rondônia, com mais de 50 mil trabalhadores parados.
Os acordos ultrapassaram a inflação, sendo que os ganhos reais ficaram em média 3%, acima da Inflação, além dos aumentos dos pisos salariais e da cesta básica de alimentos. “Entramos em 2013 com vitórias, foram finalizadas obras importantes da Copa 2014. Nos próximos meses entraremos nem data base no estado de São Paulo e no Sul do País e, ali lutaremos para obter resultados importantes para a categoria e mesmo com datas bases diferentes continuamos avançando nos acordos coletivos” afirma o presidente da FENATRACOP, Wilmar Gomes dos Santos.
Sendo questionado sobre a possibilidade de convocação de uma Greve Geral no setor da Construção Pesada, contra o Governo e as Empreiteiras, o presidente da Federação disparou: “Greve Geral se constrói pela Base e não pela Cúpula. Estamos discutindo a unificação das Datas Base e apresentamos um roteiro de Pauta Nacional para as empreiteiras e o Governo na Mesa Nacional, mas não pretendemos fazer uma Greve Política, queremos sim, avançar nos acordos econômicos para os trabalhadores, e aí temos que
unificar as ações, ouvindo com respeito todos os sindicatos de Base e os trabalhadores.
Não faremos Greve contra ninguém, construiremos uma campanha e paralisações a favor dos trabalhadores”. Para a FENATRACOP o mais importante é concentrar as atenções nas negociações em São Paulo, no Centro Oeste e no Sul do País, locais que devemos melhorar ainda mais os salários e onde existe uma concentração grande de obras.