As centrais sindicais e representações de trabalhadores em todo o País vão desencadear a partir da próxima semana uma verdadeira “guerra” de pressão sobre a Câmara Federal para a votação do fim do Fator Previdenciário. Deputados e senadores da bancada de Mato Grosso do Sul em Brasília também serão pressionados no Estado e no Distrito Federal, para que ajudem nesse processo de acabar de uma vez por todas com essa ameaça criada pelo governo federal, que reduz em até 40% o valor das aposentadorias.
José Lucas da Silva, representante da Central Sindical de Profissionais – CSP/MS, disse que haverá uma pressão maciça do movimento sindical brasileiro, principalmente pelas centrais, para que a matéria seja apreciada na Câmara e extirpada de uma vez por todas da vida dos brasileiros. O representante da CSP/MS disse que “é inconcebível a existência desse fator que reduz em até 40% o valor das aposentadorias dos trabalhadores hoje no Brasil”, afirma.
O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), em Mato Grosso do Sul, Ricardo Martinez Froes, também é um dos batalhadores pelo fim do fator previdenciário no Brasil. “Vamos voltar a pressionar com mais força depois desse período eleitoral. O Congresso precisa se conscientizar de que essa é uma vontade popular da classe trabalhadora brasileira e por conta disso, precisa ser atendida”, argumentou.
Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul informou que o presidente da Câmara Federal, Marcos Maia (PT-RS) já assumiu compromisso com as centrais sindicais de colocar na pauta o PL 3.299/08 após 28 de outubro, data do segundo turno das eleições.
Esse Projeto de Lei não extingue o fator previdenciário, mas o substitui pelo fator 85/95. Em condições normais, se o trabalhador não for penalizado por períodos de desemprego, com esse novo fator, as mulheres devem se aposentar com a soma de idade e tempo de contribuição ao INSS que totalize 85 anos. Esta soma deve totalizar 95 anos para homens.
“O fim do fator previdenciário é um pedido unânime da população, não apenas de Mato Grosso do Sul, mas de todo o País”, afirma Estevão Rocha dos Santos, vice-presidente da Força Sindical Regional MS. Ele explicou que o fator “confisca” quase metade do salário do trabalhador brasileiro no ato de suas aposentadoria. A mulher perde em torno de 51% do valor enquanto o homem perde cerca de 40%. “Isso é inconcebível. Uma injustiça social sem tamanho”, afirma Estevão, que preside também o Seaac/MS e é diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS.
José Lucas da Silva destacou que o Senado já aprovou o fim do fator previdenciário e a proposta agora está em análise na Câmara dos Deputados. Ele espera que o presidente daquela Casa de Leis, deputado Marco Maia, coloque a proposta em votação ainda em outubro, atendendo assim ao anseio não só das centrais sindicais, confederações e outras entidades de classe de todo o País, mas também do trabalhador brasileiro que precisa de justiça quanto a esse caso.
Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical MS