A ministra Miriam Belchior (Planejamento), negociadora do governo com o movimento grevista, promete para a próxima semana uma resposta final sobre o reajuste aos servidores federais. Ela não antecipou detalhes sobre quais carreiras ainda poderiam ser contempladas nem sobre a extensão do benefício, se ele ocorrer.
Apesar de integrantes do governo considerarem que não há dinheiro para conceder um reajuste unificado a todos os servidores, essa possibilidade não está descartada. Se acatasse todas as reivindicações, a equipe econômica teria de desembolsar R$ 92 bilhões, o equivalente à metade da folha atual de pagamento e 2% do PIB (Produto Interno Bruto).
“É impossível. São duas vezes o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deste ano”, comparou a ministra. Com categorias paradas há meses, o fato é que a presidente Dilma Rousseff tem diante de si uma das mais amplas greves em número de carreiras e áreas atingidas.
Nas contas dos grevistas, são quase 30 órgãos federais envolvidos. Não se sabe, porém, o número exato de funcionários parados porque os sindicatos e o governo dão números discrepantes.
Fonte: Folha de São Paulo