Perto de cinco mil delegados se encontram em Genebra desde ontem (30/05) na 101ª Conferência Internacional do Trabalho, focando a discussão na crise global de emprego e seus impactos sobre a juventude, assim como na proteção social e direitos do mundo do trabalho. O fórum se realiza em um momento em que 30 milhões de pessoas ficaram desempregadas depois da crise financeira de 2008 e perto de 40 milhões pararam de procurar por emprego, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“É hora de repensar as políticas”, disse o Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia, na sessão de abertura, notando que são necessários entre 45 e 50 milhões de empregos todo ano, durante os próximos cinco anos, apenas para alcançar a situação anterior à crise. Somavia enfatizou o impacto das crises sobre os jovens. “Até aqui temos falhado com os jovens. Há pouca solidariedade entre as gerações quando os adultos, que formulam as políticas, relegam aos jovens uma parte pesada do fardo da crise”.
Para envolver a juventude nas discussões da Conferência, a agência realizou 46 consultas com mais de cinco mil representantes jovens das diferentes regiões do mundo, culminando no Fórum Mundial da Juventude, realizado em Genebra semana passada.
As discussões das próximas duas semanas focarão, além de sugestões de regras universais do mundo do trabalho, na elaboração de recomendações sobre a questão da proteção social. Apenas 20% da população mundial tem proteção social adequada e mais da metade não tem proteção nenhuma, de acordo com a OIT. “Estabelecer patamares de proteção social, respeitando a diversidade das situações dos países, condiz com a promoção da dignidade humana. É uma contribuição básica para reduzir a pobreza, empoderar as pessoas e expandir a demanda econômica”, acrescentou Somavia.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ONU BR