Para realizar pesquisas e debates sobre as desigualdades socioeconômicas no estado, a fim de subsidiar a elaboração de políticas públicas, foi instalado, nesta quinta-feira (10), o Observatório Milton Santos da Equidade Social da Bahia. A iniciativa é do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes). A reunião foi realizada na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).
Batizado em homenagem ao geógrafo Milton Santos, um dos maiores intelectuais baianos, falecido em 2001, o Observatório da Equidade Social terá como meta realizar o cruzamento das estatísticas e informações dos diferentes bancos de dados acerca da realidade social da Bahia, promovendo o acompanhamento e aprimoramento das ações e políticas e governo que subsidiem a formulação de políticas para o enfrentamento das desigualdades sociais.
A criação do Observatório Milton Santos tem inspiração no Observatório da Equidade do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. De acordo com o secretário de Relações Institucionais e secretário executivo do Codes, Cézar Lisboa, “a prioridade do governo são políticas públicas voltadas para o social. Por isso, temos a necessidade de verificar se as políticas já adotadas pelo Estado estão melhorando as condições de vida da população mais pobre, reduzindo a desigualdade social”, afirmou Lisboa.
O Seminário teve a participação de Nair Goulart, Presidente da Força Sindical Bahia e Conselheira do Comitê Gestor do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Nair destacou que é fantástica essa possibilidade de troca de informações. “ Procuramos construir visões convergentes no Conselho Nacional. O Observatório vai dar mais elementos para alcançar os objetivos que nós propomos”, afirmou.
O seminário ainda contou com palestras do economista e educador Marcos Arruda, presidente do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), que abordou novos conceitos como o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) e dos pesquisadores Herton Ellery Araújo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e Armando Castro, da Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos, autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan), que apresentaram os últimos estudos sobre a questão da pobreza e das desigualdades no Brasil e na Bahia.